Sobre o protesto realizado na última quarta-feira em favor da permanência do Colégio Imaculada Conceição no nosso Estado do RN, fiquei com o meu coração partido. Como ex-aluna, sou testemunha viva das valiosas lições recebidas não somente acerca das matérias do currículo escolar, mas também sobre valores éticos e morais os quais me acompanham até os dias atuais, o que me leva a pensar: o que significa o fechamento de tão tradicional Instituição de Ensino?
A situação é mais preocupante por se tratar de um colégio que há muitas décadas contribui para a formação do caráter das nossas crianças e adolescentes transformando-os em cidadãos responsáveis e conscientes de seus direitos e deveres e, em consequência, membros ativos da sociedade potiguar e brasileira.
Dizia o grande escritor francês Victor Hugo que “cada escola que abre é uma cadeia que fecha”. Por isso, o fechamento de qualquer órgão educacional num país como o Brasil representa uma afronta ao crescimento e a liberdade do nosso povo, fato que, por si só, legitima atos de protestos. Por isso, louvo aqueles que compartilham com a ideia.
Assim como a educação é a maior herança deixada pelos genitores aos seus filhos, é também o maior legado deixado por um país ao seu povo.
Pois bem! E como se não bastasse, o fechamento de um colégio como o CIC, liceu baluarte da formação acadêmica e social potiguar, sobretudo nos dias atuais, este fato consiste em uma verdadeira derrota para todo o povo Norterriograndense.
Com orgulho, assisto à mobilização dos colegas, seja em forma de reuniões, postagens nas mídias, criação de grupos em redes sociais, protestos, apresentações de propostas, etc. Estas são verdadeiras demonstrações de amor, gratidão e, sobretudo, coragem de lutar por uma causa que acreditamos.
De acordo com o pensamento de Von Goethe “somos moldados e guiados pelo que amamos” e, realmente, por amar a instituição família, a religião, a ética, a moral e os bons costumes é que venho convidar a todos no sentido de lutarem pela manutenção do CIC, porque foi nesta escola onde, após o meu lar, dei meus primeiros passos na aprendizagem desses nobres valores.
O povo demonstra, de maneira cabal, a grande importância da permanência do CIC. Nós, enquanto partícipes da sociedade civil, estamos fazendo o que está ao nosso alcance, inclusive a de rogar, nesse momento, pela interseção do âmbito Público.
Assim, acreditemos com otimismo que as providências que se fazem necessárias no sentido de manter as portas do CIC abertas no nosso Estado serão tomadas, para que alcancemos a vitória contra a ignorância, que é a mãe de inúmeros males.
Clamamos, portanto, pelo Poder Público, para que faça alguma coisa pela educação do nosso Brasil!
LÚCIA JALES, Ex-aluna do CIC, Advogada militante e #eternamenteCIC